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sexta-feira, 3 de outubro de 2014

AS TRANSFORMAÇÕES DA TECNOLOGIA E O JORNALISMO CONTEMPORÂNEO[i]


1.1. Comunicação Tecnológica

As transformações tecnológicas experimentadas atualmente são  refletidas em todos os segmentos da sociedade e, na busca de informação (notícia), é  uma ferramenta que, assim como a conquista dessa informação, caracteriza uma forma de poder. O mundo presenciou o surgimento de diversas inovações tecnológicas no século  XX,  podemos destacar as mais importantes e relevantes na área da comunicação, entre elas se destacam a televisão, o rádio, o cinema,  o celular,  o computador e, por último, a internet. Todas elas foram muito importantes para época em que foram criadas e ainda possuem um forte papel no cotidiano de todos nós. Sendo que não houve anulação de uma com o surgimento da outra. A introdução de novas tecnologias no século passado gerou tensão entre a mídia antiga e a nova (atual que se conhece).


Previsões eufóricas  saudaram o advento do telégrafo Morse e das maravilhas da comunicação que lhe seguiram [...] cada uma parecia prometer a disseminação mais ampla de informações e de idéias. Pode-se afirmar que isso aconteceu como se previa. Mas outros resultados, em direção contrária, não foram previstos com igual facilidade. Cada novo veículo oferecia novas possibilidades para a centralização de influência e controle e introduzia possibilidades monopolistas[1] (BARNOUW, 1982)

Conforme  dito  anteriormente, o jornalismo sempre  esteve ligado à tecnologia, mesmo que alguns jornalistas  ainda acreditem que a profissão é movida pela criatividade e não se sustenta tecnologicamente. Uma das questões que pretendemos abordar neste trabalho é a relação direta, o casamento do jornalismo e da tecnologia e a mudança no cotidiano dos jornalistas. Com a introdução dos computadores, os profissionais tiveram de  se adaptar  à  nova realidade profissional através da maior qualificação,  da especialização crescente,  das mudanças no ambiente de trabalho  e,  principalmente,  da sobrecarga e  intensificação do trabalho. Mas é na linha de produção de um jornal,  ou revista, que notamos  as mudanças mais radicais, tal  como o diagramador que passa a ter um novo software de edição de imagens.

Primeiramente nos jornais e revistas  da década de oitenta (historicamente), abrangendo televisão  e rádio,  quando  as inovações no campo da tecnologia transformaram  o jornalismo e o seu profissional, tudo para se adequar às novas tendências e  às  necessidades do público, bem como se manter atualizado para atender  aos telespectadores e aos ouvintes. A ideia  deste tema  é  a de  tentar entender um pouco mais sobre como a tecnologia consegue mudar o campo de uma área profissional, neste  caso o jornalismo,  e como funciona a engrenagem dessa mudança na  relação entre o profissional, o campo em que ele trabalha e as inovações tecnológicas.


1.2. Relação entre Tecnologia e o Trabalho

A máquina como produto da tecnologia e, por sua vez, produto do homem, somente pode ser analisada e entendida se avaliarmos também o seu criador. Nem somente a história, juntamente com as exigências sociais, pode ser levada em conta como fator de desenvolvimento. Somente com a história não é possível entender a máquina. O que de  fato  temos como base para analisar a máquina, o processo tecnológico, é a história natural do homem. “Tecnologia foi uma palavra introduzida nos Estados Unidos em 1828  –  ao mesmo tempo em que o termo “revolução industrial‟ estava sendo empregado pela primeira vez na França”. Em 1832, o matemático e economista político britânico Charles Babbage (1792 –  1871) publicou On the Economy of Machinery and Manufactures  e saudou o fato de que “o trabalho de uma centena de artífices agora é feito pelas operações de uma única máquina” (BRIGGS, 2006, p. 120). A tecnologia e seus feitos somente foram reais devido ao resultado de uma grande gama de conquistas e evoluções referentes  ao homem com parte na ciência dos corpos e dos fenômenos da natureza.

De um lado, é  imperioso conhecer os fatos históricos do desenvolvimento das máquinas, que não são senão a descrição do progresso do conhecimento das forças naturais crescentemente dominadas pelo homem. Mas por outro lado, essa histórica de fatos destina-se a servir de material para as reflexões filosóficas que a incluirão na verdadeira história que importa traçar, a da capacidade criadora do homem [...] (PINTO, 2005, p. 72).

Tentando refletir sobre as criações humanas atuais, temos que levar em consideração o conceito  de mudança, de supressão e sucessão das bases da realidade vigente. Se levarmos em conta somente a transformação do produto, a máquina e não  considerarmos,  também,  a transformação daquilo que o produz, o homem, estaríamos analisando um objeto pela metade.  É com este pensamento de que os homens não criam, não inventam e nem fabricam nada que não lhe atendam às necessidades,  que poderemos entender melhor o contemporâneo no âmbito jornalístico, modificando totalmente a maneira como a informação é veiculada e produzida, assim como editada.  Quando vislumbramos as inovações tecnológicas modernas, passamos a enxergar o mundo com outros olhos.

[...]  toda possibilidade de avanço tecnológico está ligado ao processo de desenvolvimento das forças produtivas da sociedade, a principal das quais cifra-se no trabalho humano. Tal desenvolvimento necessariamente conduz a fraturas, a saltos qualitativos, pelos quais se instalam em certos momentos novas formas de produção (PINTO, 2005, p.49).

Na opinião de Álvaro Vieira Pinto, a posse dos instrumentos tecnológicos era o principal fator para um grupo ser  considerado dominante, mas agora ela desempenha um papel quase que  oposto  comparado às lutas disputadas por tribos em busca de um território de caça. Como naquele tempo, a dominação é sempre determinada por um motivo econômico, captura de recursos para assegurar a posse do centro metropolitano. Sendo assim, a técnica (habilidade para desenvolver novas tecnologias) instaura-se como ferramenta articuladora a fim de se garantir tais objetos de dominação. Quando essa técnica era fraca, buscava-se na quantidade a solução para o problema. Porém, somente aumentando a quantidade, não obtinha mudança qualitativa na técnica do tempo, mas era o único meio de expandir tecnologicamente, a quantitativa (Ibid.).

Enquanto no passado as necessidades eram supridas pelo acréscimo quantitativo, durante a modernidade é  que entramos em um período de transformação qualitativa, podendo se instaurar um novo método na evolução tecnológica. “A incapacidade de explorar eficientemente as invenções criadas pela ciência foi consequência da estrutura da sociedade helenística e das contradições de sua economia” (CHILDE, 1954, p. 253). O ritmo do crescimento metropolitano não vê outra saída à substituição qualitativa.

Por vários séculos o processo produtivo escravista da antiguidade manteve-se na mesma linha de metodologia, limitando as transformações qualitativas da tecnologia como forma de dominação.  No entanto, a contemporaneidade  demonstra  que  estamos  entrando  em  uma nova fase da convivência humana. A normalidade desses fatos é real e entendida como normal no processo de desenvolvimento da sociedade, ao qual podemos dizer que a tecnologia teve um papel importante, algumas vezes benéfico e  outras vezes  maléfico, interferindo no curso social de maneira surpreendente e imprevisível. Na década passada,  o aparecimento de novas tecnologias mudou completamente o cotidiano das pessoas, reestruturando o trabalho e o lazer. O computador, por exemplo, ocupou o cargo de muitos empregos, mas também abriu a porta para muitos outros, oferecendo uma porta de acesso à informação de fácil manuseio e  à  comunicação entre pessoas.

Porém, essas novas tecnologias da informática são ambíguas, tendo efeitos divergentes. Proporcionam uma quantidade maior de escolhas, mais autonomia cultural e a abertura para a troca de idéias e outras formas culturais. Entretanto, também causam o maior controle social possibilitado pelos sistemas eletrônicos.

Todo esse período histórico acima tem a função  norteadora  para o  tema principal deste trabalho, em que  procuraremos  entender como a tecnologia afeta diretamente a produção do jornalismo e sua mão-de-obra, os jornalistas. E ainda, como o jornalismo contemporâneo aderiu às novas ferramentas de trabalho e faz uso delas, aplicando parte dessa mudança qualitativa que acabamos de ver.

1.3. Jornalismo Tecnológico Contemporâneo

Pesquisadores e jornalistas especializados, como Mark Deuze, afirmam que a ascensão e a consolidação do jornalismo contemporâneo  (que é tecnológico, digital e novo) estão alterando aspectos importantes de produção, redação, edição e publicação da notícia, além da circulação, audiência e relação com os receptores. Essa afirmação de que o jornalismo está se transformando,  e se encontra em processo de revelação de muitas de suas práticas, pode ser entendida se aceitarmos que a contemporaneidade também está reconfigurando  as relações práticas profissionais, mudando todo o ciclo de produção de notícia. Destacando as mudanças mais significativas temos: a facilidade e agilidade de deslocamento; arquivos mais compactos e busca fácil de informações; melhores ferramentas de trabalho facilitando o processo técnico; acesso fácil a fontes de informação; um campo mais aberto para pesquisas; qualidade na análise das informações; diminuição de custos; aumento na produtividade dos jornalistas, principalmente repórteres, e acesso fácil às fontes.

É nítido que a tecnologia está facilitando, podendo  ser analisada  de forma positiva às mudanças sofridas no  campo. Os novos inventos estão exigindo cada vez mais a qualificação do jornalista, mantendo sempre o  upgrade  para tudo aquilo que for novo, sempre ligando as necessidades da prática jornalística e aplicando tais tecnologias com as transformações da sociedade. Obriga acrescentarmos mais habilidades, manuseio de sistemas informatizados e equipamentos cada vez mais modernos. Sempre que algo novo surge,  o jornalismo tenta agregar alguma linguagem, a fim de desenvolver outras práticas criando novas formas de levar a informação a todos.
Com essa ligação direta, tanto por parte da transformação social às necessidades quanto para o avanço tecnológico, obrigou o jornalismo a acompanhar essas modificações, fazendo uso de ambas as conexões para conseguir se manter. Trata-se de um padrão com muitos elementos  –  econômicos, ideológicos, demográficos e políticos. Como a força dominante na comunicação de massa, a mídia desempenha um duplo papel, influenciando e sendo influenciada por esses desenvolvimentos. 

Se, de certa  forma, tais adequações vieram para melhorar, outras não foram vistas com bons olhos. A diminuição de profissionais na área é  um fator a ser considerado como um ponto negativo nesse processo. A tecnologia  se fez  prática, levando milhares de profissionais a perderem seus empregos  à custa  dos avanços tecnológicos.

Há alguns anos, quando os serviços de informação da  Television Española  tinham de fazer uma entrevista, mandava-se uma caminhonete com 12 pessoas (repórteres, técnicos de câmera, de iluminação e som e motorista). O material recolhido era entregue a um editor que trabalhava sob as ordens de um diretor. Hoje basta uma pessoa para todas essas tarefas. Um único repórter leva uma câmera digital um pouco maior  que sua mão, grava a entrevista, pesquisa material de arquivo na base de dados visuais do servidor da cadeia e edita o programa no próprio computador. Só tem de mandá-lo, pela rede, para o centro difusor (VILCHES, 2003, p. 42).

Com este exemplo é  que também entendemos que a máquina está poupando um trabalho, seja muscular ou intelectual, e não ao contrário, conforme frequentemente se pensa. Temos assim a maior facilidade de desenvolver a mentalidade, usando também para a criação de novas tecnologias, formando um ciclo infinito. O homem está sempre criando novos engenhos, mas também possui o anseio de inventar  para substituir o antigo,  o  que implica em uma questão discutida atualmente: o tempo. Exato, os avanços tecnológicos estão surgindo de uma maneira frenética, evoluindo muito rápido, diferente do passado, em que era preciso anos para desenvolver novos adventos.

A sociedade está fazendo o uso de tudo que lhe é  lançado à mão, sempre em busca do novo e, é  claro, o jornalismo também segue a mesma linha. Quando novas possibilidades surgem, já  se pensa em qual seria o formato cabível, como poderiam utilizá-las. A convergência das mídias fez o jornalismo se apropriar de espaços nunca antes usados, como a  internet, a mobilidade na telefonia, entre outros.  Essa constante transformação, esse  constante avanço das mídias  e a convergência de algumas delas, obrigaram os profissionais a mudarem o formato da informação, já  que agora ela pode ser acessada e publicada de diversas formas em diversas mídias, algumas vezes encontramos a mesma informação em texto, vídeo, foto, publicadas em somente uma mídia, como o celular ou a  internet.

Justamente pelo fator tempo, que acelera a criação e o desenvolvimento de novas tecnologias, o que está ocorrendo é uma dinâmica em que as massas (o público, os receptores de informação) estão migrando muito  rápidas de uma mídia para outra, de um conteúdo para o outro, acessando de várias formas as notícias com muito mais agilidade, obrigando a atualização da mesma quase que instantaneamente, minuto a minuto. Os novos equipamentos usados na produção  de informação, agora digitais e  mais compactos,  facilitam esse aceleramento, ou seja, eles próprios causam essa rapidez na receptividade e também são rápidos produtores de conteúdo. O que abre espaço,  ainda,  para que mais pessoas, não somente jornalistas, facilmente consigam produzir e veicular algum tipo de informação, fazendo com que o receptor agora assuma uma postura de produtor.  As grandes empresas da mídia aproveitam de todo esse cenário, repleto de oportunidades, para atrair o seu público e, como parte fundamental no processo, ganhar dinheiro.

O futuro dos meios de comunicação é a integração dos espectadores e usuários no negócio da comunicação [...] Algo semelhante acontecerá com os espectadores. As televisões proporcionarão os conteúdos, mas as empresas de comunicação se ocuparam de um serviço global e de longo prazo para o usuário, tudo isso reunido numa plataforma multitecnológica  (VILCHES, 2003, p.57).

As tecnologias da comunicação que permitirão a convergência dos meios não serão mais voltadas à produção de conteúdo, mas, principalmente, a gerir as relações com os usuários.

Hoje,  não é mais suficiente quando  um jornalista caracteriza uma informação relevante, de interesse, e pode não satisfazer as necessidades do público. O problema é compreender as novas necessidades informativas e tentar configurá-las nas mais variadas plataformas das mídias. A constante mudança das necessidades sociais, os avanços tecnológicos ligados a essas necessidades, a convergência das mídias, bem como a transformação de todo o cenário do jornalismo afetado por todos esses fatores, torna um desafio  à  prática da produção de notícia no contemporâneo para os profissionais em  campo, que, como vimos anteriormente, obrigados a se adequarem, necessitados de qualificação, intensificados no trabalho, fazem parte da engrenagem midiática.  

O jornalismo antigo está tentando e sofrendo muito ao se adaptar às tecnologias de ponta, às mudanças do público e aos desafios dos provedores de informação baseados no computador. Esta mudança está ocorrendo intermitentemente, há muito tempo, porém agora, em ritmo acelerado. Computadores e outras tecnologias digitais estão impondo pressão aos jornalistas, assim como às mídias  e estão remodelando o futuro da indústria midiática. Essa introdução da modernidade tecnológica é vista como perigosa; tomamos conhecimento de que a inovação agrega por um lado, mas subtrai  de outro, tendo efeitos imprevisíveis.

Diferimos do passado onde a transição tecnológica ocorreu lentamente. O surgimento de mídias antigas como o jornal impresso, o rádio e a TV, foi mais controlado, permitindo que as consequências econômicas e sociais fossem adequadas mais facilmente. Porém  agora, o jornalismo lida com a convergência de muitas tecnologias novas, tendo pouco tempo para  se adaptar e avaliar seu padrão. O que, é claro, é o fato de que todas essas mídias estarem  proporcionando uma abertura maior de opções para produtores (jornalistas). Deve ser repensado o complexo contexto em que vivemos,  pois  a produção está diretamente afetada ao cenário tecnológico atual.

Há uma relação direta com a sofisticação do processo de contextualização da informação exigida pela audiência decorrente à  quebra das barreiras de tempo e espaço. A aceitação desses fatores facilita o vislumbre do profissional necessário para a atualidade; um profissional que faz o jornalismo tradicional, mas que também utiliza de todos os meios ao seu alcance como ferramenta de trabalho diário. É justamente este processo de sinergia, troca, que podemos compreender um pouco a quebra da linha temporal da informação e dos processos de produção acelerada.

Para autores como Paul Virilio  (1996), a constatação do tempo real, quando um acontecimento é publicado e esse tempo  entre a produção e a divulgação é muito curto, rápido, traz como resultado a valorização da notícia, levando em consideração  a velocidade de  sua transmissão. Neste caso, a velocidade é a própria informação. Os meios de comunicação precisam levar em consideração aquilo que continua, persiste:  “Submetidos à tirania do tempo real, os meios de comunicação não combatem mais somente tudo o que dura, a paz como o resto, são eles agora que não têm mais tempo, mais prazos” (Ibid., p. 54).


[1] - Erik Barnouw, “Historical Survery of Communication Breakthroughs” in The Communications Revolution in Politics, org. Gerald Benjamin, relatórios da Academy of Political Science 34, n.4, 1982, p.13



[i] Lopes, Heitor - Jornalismo e tecnologia na contemporaneidade: um estudo sobre a produção digital / Heitor Lopes. – 2010.

2 comentários:

  1. De um lado, temos as diversas ferramentas para divulgar um mesmo conteúdo, de outro, temos o jornalista que se acomoda diante de tanta tecnologia. Como diz o professor da Universidade Federal do Pará, Manuel Dutra, o profissional vem perdendo a sua capacidade de investigar um fato fora do seu ambiente de trabalho. O que diferencia o jornalista do público que vem assumindo o seu papel de produtor de conteúdo é a vontade de investigar, ouvir os lados de um mesmo fato, e não simplesmente a sua habilidade de executar diversas funções. O que se vê são notícias publicadas sem averiguar, tudo para não perder o "furo".

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  2. Acredito que não só os jornalistas, mas todos os profissionais precisaram se adequar aos avanços tecnológicos. Ao falarmos do jornalismo, especificamente, um dos fatores determinantes na relação qualidade x quantidade dos textos é a velocidade com que se é produzido conteúdo na internet. A necessidade de não perder o time da notícia pôs em xeque a credibilidade de inúmeros jornais, como o Diário do Pará, que inúmeras vezes foi acusado de não averiguar suas fontes. Recentemente compartilhei um texto do Gregóvio Duduvier para a Folha de São Paulo sobre perdas nas últimas eleições, entre elas, o autor cita a perda da compostura e a perda total dos veículos de comunicação nesses últimos meses. As redes sociais, os portais e, principalmente, o Twitter, ao mesmo tempo em que deram a liberdade de veiculação quase que instantânea de matérias, também moldaram o conteúdo e os textos publicados. Notícias com mais de 140 caracteres perderam espaço nos novos meios, para dar lugar a manchetes e fotos sensacionalistas, uma abordagem mais rápida e impactante. O que nos resta é saber se junto com esse espaço, também não se perdeu a ética e o bom senso, que são essenciais para a profissão.

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